Excerto
“ Pegou numa faca de pedra afiada, que trazia no cinto, e fez um corte ao longo da linha que o Sacerdote de Anúbis tinha desenhado. Enfiou a mão pelo corpo adentro, remexeu e tirou o estômago. Outro sacerdote pegou nele e embrulhou-o num pano. Deram-mo!
-Bonito- disse Maiarch.
-Disseram-me que o levasse até uma jarra de pedra e o colocasse lá dentro.
-Chamam-se vasos canopos – disse Paneb, baixinho.
-Fizeram o mesmo com o fígado, os rins, os pulmões e os intestinos. Depois aconteceu uma coisa estranha…
-Os intestinos saltaram para fora dos vasos? – perguntou Dalifa.- Enrolaram-se à volta do teu pescoço e estrangularam-te? Realmente diz-se por aí que cai uma maldição sobre aqueles que roubam de uma múmia!
-Cala-te, Dalifa- disse Atef, cansado.- Contínua Néria.
- Bem, os sacerdotes começaram a insultar o homem de capuz preto e a chamarem-lhe nomes como: “Cão do deserto! “, “ Ratazana nojenta! “, “Cobra com cheiro de pum de hipopótamo! “ Mosca de cadáver! “ e “ Pingo de ranho do nariz de um velho.”
GONÇALO OLIVEIRA
Nº7 6º E
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